quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tudo o que tu quiseres

Sentaram-se mais ou menos a meio da sala do cinema. O filme era para crianças. Enfim, mais ou menos. A história era quase infantil, mas nem tudo o era; o final não era feliz.

Saíram com os olhos em lágrimas e foram aliviar o espírito a ver montras, comeram qualquer coisa, espreitaram a loja dos azeites, os livros.

Enfim, pôs-se a pergunta que pairava no ar:

- Que vamos nós fazer?

- O que quiseres. – Respondeu ele sorridente. E reforçou brincalhão. – Faço tudo o que tu quiseres…

Ela sorriu, num certo tom de ironia amarga.

- Não queiras sequer saber o que seria isso tudo…

Depois pensativa concluiu.

- Se toda a gente fizesse tudo o que quisesse, este lugar seria muito perigoso…

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