Sentaram-se mais ou menos a meio da sala do cinema. O filme era para crianças. Enfim, mais ou menos. A história era quase infantil, mas nem tudo o era; o final não era feliz.
Saíram com os olhos em lágrimas e foram aliviar o espírito a ver montras, comeram qualquer coisa, espreitaram a loja dos azeites, os livros.
Enfim, pôs-se a pergunta que pairava no ar:
- Que vamos nós fazer?
- O que quiseres. – Respondeu ele sorridente. E reforçou brincalhão. – Faço tudo o que tu quiseres…
Ela sorriu, num certo tom de ironia amarga.
- Não queiras sequer saber o que seria isso tudo…
Depois pensativa concluiu.
- Se toda a gente fizesse tudo o que quisesse, este lugar seria muito perigoso…
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